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"Desperte a Mulher Poderosa que existe dentro de você"

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O relacionamento acabou, o que fazer?

      Perder quem a gente ama, seja lá qual o motivo, faz parte da vida e é uma experiência importantíssima. Não há formula para o amor eterno. Por isso o “infinito enquanto dure”, do “soneto da fidelidade”, de Vinícius de Moraes, é a medida ideal. Eu, particularmente, não acredito em amor para toda a vida, embora possa acontecer. Para mim, amor tem prazo de validade.  Assim como começa sem a gente esperar, termina independente da nossa vontade. Não temos domínio sobre o sentimento, apenas sobre a qualidade da relação. Por isso, não adianta ter medo de perder, se submeter ao outro na vã tentativa de eternizar os laços que o tempo desata. A gente só expressa ou estende o prazo de acordo com as expectativas, os sonhos e fantasmas que juntamos aos do outro. O próprio dia-a-dia nos vai modificando, trazendo novas necessidades. Levando-nos por novos caminhos que, às vezes, o outro não quer seguir conosco ou não queremos ir com ele. Não há porque se sentir humilhada ou envergonhada com o final de seu relacionamento. O amor geralmente acaba pelo desgaste natural, ao completar um ciclo. Como a própria vida! E depois que acabou... Pode chorar, gritar, assuma sua raiva, seu medo e sua dor. O período de luto é inevitável, mas não se enterre junto com esse amor. Você não foi rejeitada, e sim, a relação. Você é legal, os dois junto é que não funcionavam. Nada impede que a vida a dois funcione com outro. Mas o ideal é dar um tempo nas paixões, até que as feridas estejam curadas e você reconheça o seu valor como mulher. Não apele para um namoro atrás do outro, como forma de anestesiar a dor da perda. Isso não vai ajudá-la a crescer e amadurecer. Enfrente a realidade. Não se sinta “humilhada” por estar sozinha. Aproveite para experimentar a sensação de fazer tudo do seu jeito, sem renuncia, sem sacrifício. Sentir-se livre de uma relação infeliz, por mais que ainda doa, vai lhe fazer muito bem. Esse buraco negro no peito pode ser preenchido com tudo de bom que fizer por você mesma. Desde mudar o visual até uma terapia, que vai ajudá-la a se ver por dentro e a reconstruir sua auto-estima.  NAMORE-SE!                                                                                                                Como dizia um poema de Drummond “de tudo fica um pouco...” Enfim, o que não se pode é afundar na amargura, passar a vida se sentindo vitima, alimentar pensamentos negativos e de desvalorização. Não deixe a decepção amorosa tomar conta da sua existência. Afinal, amor é uma parte importante da vida, mas não é uma parte mais importante que a própria vida. E uma  desilusão não fecha todas as partes para a felicidade. Sempre há uma nova chance, desde que você esteja à disposição do inesperado e não tenha medo de se experimentar em outros envolvimentos. Sartre, o filosofo Francês, costumava dizer que o ser humano nada mais é do que aquilo que faz de si mesmo.
 __ Sonia Abrão__

Um grande abraço para minhas queridas leitoras. E lembre-se antes de você amar qualquer pessoa, você se ama  mais, e em primeiro lugar.


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